A felicidade não é algo dito, mas sim sentido. Não basta os pais falarem que são felizes, mas, de fato, viver a felicidade.
Muitas vezes os pais (ou cuidadores) não compreendem alguns comportamentos dos filhos e são “surpreendidos” pelos atos dos pequenos. Fato é que em inúmeros casos essas atitudes acabam sendo reflexo da dinâmica emocional que está acontecendo na família.
Por exemplo, uma criança pequena pode apresentar certa irritação que não é dela, mas sim uma reprodução do que está acontecendo em casa. Da mesma forma que o adulto, ela sente esse “clima”. Os pais são cobrados a todo tempo. Seja pelas primeiras escolhas, desde como será o parto, ou que tipo de amamentação/alimentação vai optar. Sempre tem alguém para fazer um comentário, deixar a opinião e essa sensação de “ter que dar resultado”, coloca os filhos como um reflexo desse êxito. Isso, inevitavelmente, gera pressão sobre os adultos.
Um filho traz inúmeras mudanças para a vida do casal e com isso pode vir insegurança. Tudo é muito novo, muitos medos e dúvidas surgem. Contudo, o mais importante para os pequenos é que os pais estejam seguros e felizes, sem se preocuparem apenas com a quantidade de tempo que destinam aos filhos, mas sim com a qualidade desse tempo. Cobrança sobre estar mais presente – ainda que inconsciente -, sensação de que abriu mão do filho, preocupações e tristezas são transmitidas e sentidas pelos pequenos. Mas essas são neuroses dos pais e sabendo administrá-las é possível viver em paz. Devemos lembrar sempre: pais felizes fazem filhos felizes.
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