O dia a dia de trabalho parece ter ficado mais pesado. Você percebeu isso? Muitos profissionais estão atuando durante as madrugadas para entregar todas as tarefas, pois ao longo do dia sofrem tantas interferências e a cobrança por produtividade é tão intensa que se sentem pressionados a tal. Sem falar na exigência pessoal de ter tudo em dia: exercício, alimentação, limpeza e organização da casa, demandas profissionais.
É uma nova dinâmica para todos os lados. Seja pelo empregador que se sente no direito de tentar controlar e cobrar pelos horários como no dia a dia comum, seja do colaborador em buscar administrar o próprio tempo, sinalizar as dificuldades encontradas, e se liberar da culpa de não estar tão produtivo como antes.
Por outro lado, há também pessoas que têm simulado o trabalho enquanto ainda estão na cama, ou fazendo outra atividade. A casa é tentadora, as outras atividades chamam atenção e desviar o foco é muito fácil.
Em relação ao grupo que está estudando de casa, o desafio de se ficar concentrado por horas em frente a uma tela pequena – boa parte assiste as aulas do celular -, sem intervalos, parece intenso. Há professores que seguem suas classes por 3h seguidas sem pausas. Teoricamente poderia ser simples, desligar câmera e microfone para sair, mas há quem não deseje perder um momento de conteúdo.
É indicado trabalhar com pequenas metas, espaços de tempo de 40, 50 minutos, com pequenas pausas para levantar, se movimentar, ir ao banheiro, tomar água, ou um cafezinho… Esses intervalos são importantes para dar dinamicidade ao dia a dia e preservar a saúde mental.
E não pode se esquecer do básico. Ter bom senso. A noção de que não é preciso viver em função do outro (pessoa ou trabalho, por exemplo) é importante, mas cabe avaliar as circunstâncias e ponderar algumas coisas, considerando a situação em que nos encontramos.
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